”Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.” (Antoine de Saint-Exupéry)

domingo, 4 de abril de 2010


Ele espera, lembra e pensa.

Recorda de tudo, falha em poucos detalhes.

Ele se arruma, se produz,

Veste a melhor roupa e sai.

No caminho, escuta aquela música,

A mesma que lhe faz lembrar de como tudo começou.

Ele chega e espera....espera, espera....

Sempre ansioso, a voz lhe falta.

Uma sede incontrolável e um certo desconforto.

O tic-tac do relógio já lhe incomoda,

Ele agüenta e espera mais um pouco.

Eis que chega!

Uma mistura de alegria e ansiedade lhe toma,

Noutro momento um sorriso lhe acalma.

Um abraço, um carinho,

Mas nenhuma palavra é dita.

Ele pergunta sobre sua vida,

Ela descreve um mundo em palavras.

Ele sorri e espera novamente,

E nada lhe é perguntado.

Não sabe nem se lhe tem algo a dizer.

Fica calado e apenas ouve.

Ele caminha...passo a passo, sentindo-se lento

Eis que a distância entre os dois aumenta.

Ele se admira, ela segue em frente.

Ele fala, ela já nem olha pra trás.

O nervosismo lhe toma por inteiro,

A calma a leva para mais longe.

Ele grita, chama,

Sequer é olhado, notado,

Apenas deixado para trás.

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