Enrolar o tempo
com divagações
previsões estapafúrdias
(e distantes) do futuro.
Há que distrair
os corações com
televisão amêndoas
romances daqueles profundos.
[E pensar como ficaria aquela parede
pintada de fúcsia ou de amarelo.]
Ocupar a alma
com distracções
e coisas (relativamente) prazenteiras.
Tentar ser feliz
com meia dúzia de convicções
com os pulmões cheios de vontade
e os olhos escancarados de verdade.
[E pensar que há pessoas que se queixam
por tudo e por nada,
ou porque sofrem de uma patologia de nome complicado
que afinal basta pôr uma pomada
ou porque são hipocondríacos maníaco-depressivos-de-qualquer-coisa
ou porque a crise é uma maçada.]
Sentir a plenitude
oferecer meia dúzia de botões de rosa
a uma pessoa anónima na rua.
Respirar tão devagar
e conseguir atravessar paredes
e sentir o odor da terra,
que a chuva humedeceu.
Acreditar sobretudo
na inocência
e nas nossas ideias mais débeis
são elas que nos fazem diferentes
e que nos tornam idóneos.
Ir para o mundo com a consciência
que nada sabemos
que tudo o que existirá, desconhecemos
que tudo será sempre novo
(e colorido).
com divagações
previsões estapafúrdias
(e distantes) do futuro.
Há que distrair
os corações com
televisão amêndoas
romances daqueles profundos.
[E pensar como ficaria aquela parede
pintada de fúcsia ou de amarelo.]
Ocupar a alma
com distracções
e coisas (relativamente) prazenteiras.
Tentar ser feliz
com meia dúzia de convicções
com os pulmões cheios de vontade
e os olhos escancarados de verdade.
[E pensar que há pessoas que se queixam
por tudo e por nada,
ou porque sofrem de uma patologia de nome complicado
que afinal basta pôr uma pomada
ou porque são hipocondríacos maníaco-depressivos-de-qualquer-coisa
ou porque a crise é uma maçada.]
Sentir a plenitude
oferecer meia dúzia de botões de rosa
a uma pessoa anónima na rua.
Respirar tão devagar
e conseguir atravessar paredes
e sentir o odor da terra,
que a chuva humedeceu.
Acreditar sobretudo
na inocência
e nas nossas ideias mais débeis
são elas que nos fazem diferentes
e que nos tornam idóneos.
Ir para o mundo com a consciência
que nada sabemos
que tudo o que existirá, desconhecemos
que tudo será sempre novo
(e colorido).
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